A morte nos sobrevém como ladrão. Sempre dizemos que estamos preparados [ou não], mas, no fundo, nossas emoções primárias sobem à nossa cabeça: somos quase egoístas. Não queremos nos desprender daquilo que nos foi concedido pro um determinado tempo. Agarramo-nos aquilo como se fosse necessário à nossa sobrevivência, quando, de fato, todas as coisas que nos são essenciais nesta vida, foi-nos dado no momento em que tomamos nossa primeira respiração neste mundo.
Tudo o que precisamos...
E, quando, num determinado tempo, estes queridos nos são requeridos, somos tomados de uma mesquinharia imensa... e não queremos deixá-los ir...
Hoje estou me sentindo mesquinha.
Em memória de duas queridas tias-avós e à única avó que conheci,
que partiram, nos deixando lembranças doces e eficazes sobre ser mulher, sobre ser gente.
I'm still missing her.
[escrito em 27/12/2006]